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A Argentina, que havia sido convidada a se juntar aos Brics, não deve ingressar no bloco, segundo a futura ministra das Relações Exteriores do país, Diana Mondino. O grupo é formado atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Mondino foi escolhida pelo presidente eleito, Javier Milei, para ser a nova chanceler do governo que se inicia no dia 10 de dezembro. Na semana passada ela já havia questionado em entrevista ao site russo Sputnik suas dúvidas sobre o valor do bloco para os interesses do país sul-americano.
Nesta quinta-feira (30), por meio de uma publicação em sua conta no X (antigo Twitter), Mondino confirmou que, sob o governo de Milei, a Argentina não ingressará no bloco.
A entrada da Argentina nos Brics foi uma iniciativa do atual presidente peronista, Alberto Fernández, cujo mandato se encerra em dezembro, e contou com o apoio do governo brasileiro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O economista libertário Javier Milei, que venceu as eleições presidenciais do dia 19 de novembro, já havia criticado o grupo em outras ocasiões.
A recusa em participar do bloco liderado pelos chineses, que a partir de janeiro de 2024 contará também com a participação da Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã, indica um importante realinhamento da política externa argentina.