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O presidente do Chile, Gabriel Boric, recebeu na quinta-feira (28) no Palácio de La Moneda a vice-presidente eleita da Colômbia, Francia Márquez, que está em viagem por vários países sul-americanos e na última terça-feira (26) se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo. O próximo encontro de Márquez será com o presidente argentino, Alberto Fernández.
A reunião no Chile, na qual também esteve presente a primeira-dama chilena, Irina Karamanos, foi realizada a portas fechadas e sem a presença da imprensa.
Fontes da equipe de Márquez disseram à Agência Efe que, durante a reunião, o governo chileno expressou seu “apoio” ao futuro Executivo colombiano “em questões de paz total”.
“O presidente Boric expressou toda sua vontade de acompanhar este processo para uma paz completa para a Colômbia, que será a paz completa para a região", disse a vice-presidente eleita em um breve pronunciamento à imprensa local ao deixar a sede do governo chileno.
Boric e Márquez se encontrarão novamente em pouco mais de uma semana na cerimônia de posse do novo governo colombiano chefiado pelo esquerdista Gustavo Petro, em 7 de agosto, que acontecerá em Bogotá e à qual o presidente chileno deverá comparecer.
Márquez, conhecida ativista e advogada procedente de Suárez, na região de Cauca, uma das áreas mais atingidas pelo conflito armado, se tornará a primeira vice-presidente negra da Colômbia.
Antes de viajar para o Chile, Márquez esteve no Brasil, onde, além do ex-presidente Lula, encontrou-se com representantes do movimento negro.
Depois de passar pelo Chile, ela viajará a Buenos Aires, onde deverá se reunir nesta sexta-feira (29) com o presidente argentino, Alberto Fernández, e participar no sábado de um diálogo apresentado pelo Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel e no qual haverá representantes das Mães da Praça de Maio.
A viagem sul-americana terminará em La Paz, onde no domingo Márquez terá uma atividade com o vice-presidente boliviano, David Choquehuanca, e terminará na próxima segunda-feira com um encontro plurinacional com organizações sociais de mulheres indígenas e camponesas.