O G-7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) pediu à China neste sábado para permitir que sua moeda suba mais rapidamente para ajudar a diminuir os desequilíbrios no comércio e apoiou uma valorização do iene para refletir a forte recuperação econômica do Japão.
Em comunicado divulgado depois de conversações, os ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G-7 reclamaram que grandes economias emergentes não estejam fazendo sua parte no gerenciamento coletivo da economia global. Mas Pequim, criticada por manter o iuan baixo para impulsionar as exportações, foi o único governo citado pelo nome.
"Mais flexibilidade cambial é desejável nas economias emergentes com amplos superávits em conta corrente, especialmente a China, para que ajustes necessários ocorram", apontou o G-7.
O comunicado não mencionou o iene. Mas, em comentários aparentemente coordenados depois da reunião, autoridades do G-7 deixaram a porta aberta para uma valorização da moeda, que já caiu para o menor nível em 21 anos quando ajustada para inflação.
O iene está perdendo terreno mesmo após o Banco do Japão, em 14 de julho, ter mostrado confiança na economia ao elevar o juro de zero pela primeira vez desde 2001.
- Nós observamos que a saída da política de juro zero e sua recuperação são agora de forma ampla - nós concordamos que o iene irá refletir esses desenvolvimentos - disse Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE) a jornalistas.
A Europa está atenta à depreciação do iene por temer que o euro possa sofrer mais com o peso dos ajustes cambiais globais.
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