Chegou ao fim no sábado (1º) o encontro que reuniu representantes das 20 maiores economias do mundo em Buenos Aires, na Argentina. Ao fim do evento foi divulgado um documento assinado por todos os países e que traz os pontos principais do encontro. Os destaques são o apoio a reformas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e o reforço de medidas para enfrentar as mudanças climáticas.
Apesar de reiterar a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, que tem o objetivo de minimizar as consequências do aquecimento global, o documento final da reunião do G20 trata como “irreversíveis” os compromissos assumidos no Acordo.
“Continuaremos a combater as mudanças climáticas, promovendo o desenvolvimento sustentável e crescimento”, diz o texto.
A declaração final do encontro defende que a solução para o atual dilema nas relações internacionais de comércio passa pela “necessária reforma da OMC (Organização Mundial do Comércio) para melhorar seu funcionamento.”
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O presidente argentino, Mauricio Macri, comentou que o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, saiu do evento “com uma caixa de propostas”. “Vamos acompanhar o seu trabalho nos próximos meses”, disse o anfitrião do evento.
Como forma de combater os atuais problemas do comércio exterior, o grupo se comprometeu a “usar todas as ferramentas políticas para alcançar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo”.
Apesar de destacar a necessidade de reforma da OMC, o documento não detalha as medidas. Essas discussões ocorrerão em reuniões futuras da cúpula.
Comércio como prioridade
No mesmo sentido do que foi defendido no documento, a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que o comércio deve ser “prioridade número um” da comunidade internacional.
“Para lidar com os desafios que a economia global enfrenta, fiz as seguintes recomendações para o G-20: Primeiro, conserte o comércio – essa é a prioridade número um para impulsionar o crescimento e o emprego”, afirmou Lagarde.
As outras recomendações são para que o processo de normalização da política monetária nos países desenvolvidos continue sendo tocado de forma “gradual, bem comunicada e dependente de indicadores”. Além disso, Lagarde aconselhou que os bancos centrais dos maiores mercados do mundo se atenham a possíveis contágios na economia internacional de suas decisões.
Além das questões comerciais e climáticas, o documento traz um apelo pela ajuda internacional aos países em situação de endividamento, ao cumprimento das regras fixadas internacionalmente nas negociações comerciais e detalham como prioridades o combate à fome e a implementação de medidas de igualdade de gênero.
No fim deste sábado, o encontro entre os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, gera expectativas. Os dois líderes jantam em Buenos Aires e, antes do encontro, demonstram otimismo com as perspectivas da conversa.
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