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Cúpula

G20 termina com intenção de reforma da OMC e reforço do Acordo de Paris

Ao fim do evento foi divulgado um documento de 40 páginas assinado por todos os países que traz os pontos principais do encontro

Reunião com as 20 maiores economias do mundo terminou neste sábado (1), em Buenos Aires. | Cesar Itiberê/PR
Reunião com as 20 maiores economias do mundo terminou neste sábado (1), em Buenos Aires. (Foto: Cesar Itiberê/PR)

Chegou ao fim no sábado (1º) o encontro que reuniu representantes das 20 maiores economias do mundo em Buenos Aires, na Argentina. Ao fim do evento foi divulgado um documento assinado por todos os países e que traz os pontos principais do encontro. Os destaques são o apoio a reformas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e o reforço de medidas para enfrentar as mudanças climáticas.

Apesar de reiterar a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, que tem o objetivo de minimizar as consequências do aquecimento global, o documento final da reunião do G20 trata como “irreversíveis” os compromissos assumidos no Acordo.

“Continuaremos a combater as mudanças climáticas, promovendo o desenvolvimento sustentável e crescimento”, diz o texto.

A declaração final do encontro defende que a solução para o atual dilema nas relações internacionais de comércio passa pela “necessária reforma da OMC (Organização Mundial do Comércio) para melhorar seu funcionamento.”

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O presidente argentino, Mauricio Macri, comentou que o diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, saiu do evento “com uma caixa de propostas”. “Vamos acompanhar o seu trabalho nos próximos meses”, disse o anfitrião do evento.

Como forma de combater os atuais problemas do comércio exterior, o grupo se comprometeu a “usar todas as ferramentas políticas para alcançar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo”.

Apesar de destacar a necessidade de reforma da OMC, o documento não detalha as medidas. Essas discussões ocorrerão em reuniões futuras da cúpula.

Comércio como prioridade

No mesmo sentido do que foi defendido no documento, a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que o comércio deve ser “prioridade número um” da comunidade internacional.

“Para lidar com os desafios que a economia global enfrenta, fiz as seguintes recomendações para o G-20: Primeiro, conserte o comércio – essa é a prioridade número um para impulsionar o crescimento e o emprego”, afirmou Lagarde.

As outras recomendações são para que o processo de normalização da política monetária nos países desenvolvidos continue sendo tocado de forma “gradual, bem comunicada e dependente de indicadores”. Além disso, Lagarde aconselhou que os bancos centrais dos maiores mercados do mundo se atenham a possíveis contágios na economia internacional de suas decisões.

Além das questões comerciais e climáticas, o documento traz um apelo pela ajuda internacional aos países em situação de endividamento, ao cumprimento das regras fixadas internacionalmente nas negociações comerciais e detalham como prioridades o combate à fome e a implementação de medidas de igualdade de gênero.

No fim deste sábado, o encontro entre os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, gera expectativas. Os dois líderes jantam em Buenos Aires e, antes do encontro, demonstram otimismo com as perspectivas da conversa.

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