Os líderes do G7 lançaram neste domingo (26) um grande plano de infraestruturas, impulsionado pelos Estados Unidos, que visa responder ao avanço da China. Segundo a Casa Branca, a iniciativa, batizada de "Colaboração pela Infraestrutura Global e o Investimento", pretende elevar o desenvolvimento em países de baixa e média renda, fortalecer a economia do planeta, assim como a cadeia de distribuição.
O projeto foi anunciado durante a cúpula do G7, que acontece na cidade de Elmau, na Alemanha, e pretende mobilizar centenas de bilhões de dólares para criar infraestruturas sustentáveis em nações aliadas em desenvolvimento.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que o país destinará US$ 200 milhões (R$ 1,04 bilhão) à iniciativa durante cinco anos, através de fundos do governo federal, em colaboração com o setor privado.
Entre os pilares do plano, estão a luta contra a crise climática e a melhora da segurança energética com investimentos em infraestruturas com baixas emissões, fábricas de produção de baterias e desenvolvimento de fontes limpas.
No campo tecnológico, a iniciativa contempla o desenvolvimento e a expansão da tecnologia das comunicações e a informação trabalhando com "provedores confiáveis" que forneçam 5G e 6G, conforme apontou a Casa Branca. Também são contemplados investimentos nos sistemas de saúde, vacinas e equipamento médico, assim como a vigilância e a detecção de "novas doenças", o que inclui "laboratórios seguros" e a prevenção de pandemias futuras.
Investimentos são resposta à nova Rota da Seda da China
O governo dos EUA informou que a companhia americana SubCom venceu concorrência de US$ 600 milhões (R$ 3,13 bilhões) para construir o cabeamento submarino que ligará o Sudeste Asiático com o Oriente Médio e a Europa Ocidental. O equipamento, que terá extensão de 17 mil quilômetros, permitirá conexão de alta velocidade de Singapura até a França, passando por Egito e o Nordeste Africano.
Os Estados Unidos também querem mobilizar US$ 355 milhões (R$ 1,85 bilhão) em investimentos para oferecer internet e tecnologia financeira nos países da África, Ásia e América Latina.
O plano de larga escala de infraestruturas havia sido proposto por Biden na edição do ano passado da cúpula do G7, que aconteceu no Reino Unido.
A iniciativa visa ser uma alternativa ao projeto chinês "Um Cinturão, uma Estrada" (One Belt, One Road, em inglês), que pretende revitalizar a conhecida Rota da Seda, apostando em modernização de infraestruturas e telecomunicações para melhorar a conectividade entre Ásia e Europa.
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