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A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, cumprimenta o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante cerimônia da cúpula do G7
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, cumprimenta o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante cerimônia da cúpula do G7| Foto: EFE/EPA/CIRO FUSCO

O G7 chegou a um acordo provisório nesta quinta-feira (13) para conceder à Ucrânia um empréstimo que será financiado com juros gerados pelos ativos do Banco Central da Rússia que estão congelados na União Europeia (UE), especialmente na Bélgica.

A informação foi confirmada à Agência EFE por duas fontes, uma europeia e outra que pediu para ser citada como familiarizada com as deliberações do grupo dos sete países mais industrializados do mundo.

Esta última fonte destacou que o empréstimo rondaria os 46 bilhões de euros, enquanto outra fonte, do Palácio do Eliseu (sede da presidência da França), declarou nesta quarta à imprensa que seria de 50 bilhões.

Segundo as duas fontes, os negociadores dos países, conhecidos como "sherpas", já chegaram a um acordo provisório que ainda deve receber a aprovação formal de cada um dos líderes, embora não se espere que haja algum bloqueio.

O acordo final deverá ser anunciado ainda nesta quinta-feira (13), quando o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participar com os líderes do grupo em uma sessão específica sobre a Ucrânia durante a cúpula que acontece na região da Apúlia, no sul da Itália.

A declaração final da cúpula, prevista para ser publicada nesta sexta (14), após a sessão de encerramento, também conterá o acordo e especificará que o objetivo é que os fundos cheguem à Ucrânia "antes do final do ano", segundo um extrato do rascunho desse texto visto pela EFE.

De acordo com esse rascunho, o G7 se limitará a afirmar na sua declaração final que se compromete coletivamente a fornecer financiamento para o fundo de Kiev, que os países do G7 chamam de "Empréstimos de Aceleração Extraordinária de Receitas (EPA) para a Ucrânia".

No entanto, as fontes familiarizadas com as deliberações do G7 disseram que será o governo dos Estados Unidos quem fornecerá a maior parte dos fundos para o empréstimo à Ucrânia, no qual serão utilizados como garantia os juros futuros que serão gerados com os ativos russos bloqueados na Europa.

Estão atualmente congelados em todo o mundo 260 bilhões de euros de fundos do Banco Central russo, a maior parte deles na União Europeia e particularmente na Bélgica, que foram bloqueados depois da Rússia ter iniciado a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Os 260 bilhões de euros de ativos russos congelados geram cerca de 3 bilhões de euros por ano em lucros, mas este montante é insuficiente para manter Kiev, uma vez que apenas cobriria as necessidades de financiamento do Executivo ucraniano durante um mês.

Por esta razão, o G7 decidiu usar juros futuros como garantia para um empréstimo à Ucrânia que será financiado principalmente pelos Estados Unidos e que visa ajudar Zelensky a reconstruir seu país e a comprar mais armas.

Os membros do G7 e outros países interessados ​​poderão complementar este fundo com as suas próprias contribuições, segundo a fonte do Eliseu que falou ontem à imprensa. (Com Agência EFE)

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