Encontro dos ministros das Relações Exteriores do G7 em Fiuggi, na Itália, nesta terça-feira (26)| Foto: EFE/EPA/ALESSANDRO DI MEO
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Os ministros das Relações Exteriores do G7 não conseguiram expressar uma posição comum sobre o cumprimento ou não do mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dizendo apenas que cada país respeitará suas “obrigações”.

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“Ao exercer seu próprio direito de defesa, Israel deve, em qualquer caso, respeitar totalmente as obrigações da lei internacional, incluindo a lei humanitária internacional. Reiteramos nosso compromisso com essa lei e respeitaremos nossas obrigações. Ressaltamos que não pode haver equivalência entre o grupo terrorista Hamas e o Estado de Israel”, diz a declaração final de uma nova cúpula realizada na Itália.

Os ministros do G7, o grupo de países mais industrializados do mundo (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos), se reuniram nas cidades italianas de Fiuggi e Anagni, sob a presidência rotativa italiana.

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O ministro anfitrião, Antonio Tajani, havia anunciado sua disposição de colocar sobre a mesa, em busca de uma posição comum, o mandado de prisão do TPI contra Netanyahu, seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e um líder do Hamas, Mohammed Deif, supostamente morto.

Na segunda-feira, o primeiro dia da cúpula, Tajani havia antecipado as dificuldades de encontrar uma posição “única” sobre essa questão.

“Eu sustentei que era necessário ter uma posição única sobre a decisão do TPI, conversamos sobre isso. Veremos se podemos ter uma parte dedicada a isso no comunicado final”, limitou-se a explicar em uma reunião com a imprensa.

As negociações para a elaboração desse comunicado foram marcadas por divisões entre os países favoráveis à execução da ordem do TPI, como o Reino Unido, os hesitantes, como a Itália, e os que se recusam diretamente, como os Estados Unidos, único país do G7 que não reconhece o tribunal internacional e, portanto, não é obrigado a cumprir a decisão.

O governo de coalizão italiano também demonstrou posições divergentes: a primeira-ministra, Giorgia Meloni, declarou que, antes de decidir, ela deve ler as motivações, enquanto seu parceiro de coalizão, Matteo Salvini, afirmou que Netanyahu “é bem-vindo” no país.

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A frase “respeitaremos nossas obrigações” sob a lei internacional, no entanto, sugere que a Itália cumprirá a decisão, já que é signatária do Estatuto de Roma que criou o TPI.