Os ministros da Economia dos países que integram o G7 concordaram nesta segunda-feira (28) em classificar como "inaceitável" a exigência do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de que o gás e outras fontes de energia exportados pela Rússia sejam pagos em rublos.
"Todos os ministros concordaram que exigir o pagamento em rublos constitui uma violação dos contratos vigentes. Um pagamento em rublos é inaceitável, e pedimos às empresas que recusem o pedido de Putin", disse o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, após uma reunião por videoconferência com os outros titulares de pasta. Neste ano, a Alemanha exerce a presidência rotatória do grupo de países que reúne as sete principais economias do planeta.
Habeck ainda disse, após o encontro, que a exigência de Putin pode ser vista como um sintoma de que as sanções impostas ao banco central russo, que impedem o comércio de divisas com outros países, estão deixando Moscou em dificuldades. "É uma prova de que ele está contra a parede", afirmou o ministro.
A Alemanha foi um dos países que mais resistiu a incluir o setor energético nas sanções contra a Rússia, pela guerra na Ucrânia. Ao todo, 55% do gás consumido é importado da antiga república soviética. Por causa disso, Habeck admitiu nesta segunda-feira que existe a necessidade de buscar alternativas.
"Temos que romper a dependência do gás, do petróleo e do carbono russo. A Rússia já não é um fornecedor confiável e, além disso, está criando turbulências geopolíticas" disse o ministro alemão.
Questionado se a Alemanha estava preparada para uma eventual interrupção no fornecimento de gás russo, Habeck disse que havia planos "para qualquer cenário, não só agora, mas também desde o fim do ano passado".
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