O Hamas divulgou a lista completa de seu gabinete nesta segunda-feira e, conforme já era esperado, membros leais ao grupo militante foram postos a cargo de ministérios-chave, incluindo o das Relações Exteriores, Interior e Finanças.

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O primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, deu os nomes ao presidente da Autoridade Nacional Plaestina, Mahmoud Abbas, no fim da noite de domingo, depois de o Hamas não ter conseguido convencer facções rivais a participar do governo - um sinal do sucesso de Israel e dos EUA em isolar o grupo.

Mahmoud al-Zahar, líder do Hamas em Gaza que Israel tentou assassinar, foi nomeado ministro das Relações Exteriores, de acordo com a lista obtida pela Reuters.

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Outro líder do Hamas, Saeed Seyam, será ministro do Interior e ficará à frente de diversas agências de segurança.

Omar Abdel-Razeq, proeminente professor de economia na Cisjordânia, ficará com a pasta das Finanças. Ala el-Deen Al-Araj, engenheiro e também integrante do Hamas, ocupará o Ministério da Economia.

O gabinete contará com 24 ministros, incluindo uma mulher e um cristão.

Partidos moderados ficaram sob pressão dos Estados Unidos para se afastar da administração do Hamas, que rechaçou as demandas para reconhecer Israel, renunciar a violência e aceitar os acordos de paz interinos - as três condições para a manutenção da ajuda financeira ocidental ao governo palestino.

Nesta segunda-feira, a União Européia afirmou que vai manter a porta aberta para o governo palestino liderado pelo Hamas caso o grupo extremista decida mudar sua postura em relação a Israel, segundo a comissária de Relações Exteriores do bloco, Benita Ferrero-Waldner.

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