O gabinete de governo do Irã garantiu nesta segunda-feira (20) que não haverá "nenhum problema" na gestão do país após a morte do presidente Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero.
"Asseguramos à nossa nação leal, grata e amada que o caminho cheio de honra e serviço continuará no espírito do incansável aiatolá Raisi, herói e servo da nação", disse o gabinete em comunicado ao término da primeira reunião após o anúncio da morte do mandatário.
O gabinete descreveu Raisi, de 63 anos, como um trabalhador incansável que "sacrificou sua vida pelo país".
A mídia estatal Irna publicou uma fotografia do assento de Raisi no gabinete com uma imagem do presidente e um turbante preto, que ele usava como descendente do profeta Maomé.
O gabinete não deu detalhes sobre o horário do enterro de Raisi ou quaisquer planos para sua sucessão.
Também morreram no acidente o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian; o governador da província de Azerbaijão Oriental, Malik Rahmati; e o líder das orações de sexta-feira na cidade de Tabriz, Mohammad-Ali Al-Hashem, além de membros da tripulação.
O gabinete foi presidido pelo primeiro vice-presidente do Irã, Mohamad Mojber, de 68 anos, que deve assumir a presidência de acordo com a Constituição iraniana.
O helicóptero em que Raisi viajava desapareceu neste domingo (19) enquanto voltava da cidade de Tabriz junto com outras duas aeronaves que chegaram em segurança ao seu destino. A mídia oficial iraniana informou que a aeronave realizou "pouso forçado", sem explicar as causas.
Após a perda de contato, uma extensa operação de resgate foi lançada com pelo menos 65 equipe, mas as operações foram prejudicadas pelo mau tempo, chuva e neblina densa na área montanhosa onde ocorreu o acidente, informou o Crescente Vermelho.
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