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Os insurgentes líbios dissolveram o gabinete do governo do Conselho Nacional de Transição em Benghazi, à meia noite da segunda-feira, numa tentativa de abafar a crise interna que se seguiu ao assassinato do comandante militar dos rebeldes, o general Abdel Fatah Younis. O general foi morto a tiros em 28 de julho pelos próprios rebeldes, algumas horas após ter sido detido.

A tribo Ubeidat, do general Younis, e os combatentes das suas forças especiais quiseram em um primeiro momento fazer justiça pelas próprias mãos e matar os assassinos. Mas com a exceção de alguns incidentes isolados em Benghazi, algumas horas após o assassinato do general, a liderança dos rebeldes conseguiu conter a raiva e manter uma ordem relativa.

Os funcionários rebeldes acreditam que uma reforma no gabinete irá satisfazer a tribo Ubeidat e os partidários do general assassinado e colocar um fim à crise. Um porta-voz da tribo do general e parente próximo do morto disse que os familiares e amigos não ficarão satisfeitos até que os assassinos sejam levados à Justiça.

"Nós só nos contentaremos em trazer ao tribunal os envolvidos no assassinato, não importa quais sejam seus títulos e cargos, para serem julgados por um sistema civil justo", disse o porta-voz tribal Abdel Razaq al-Obeidi, primo do falecido general Younis.

O porta-voz do governo rebelde, Abdel-Hafiz Ghoga, anunciou a reforma em uma entrevista à emissora de televisão Al Jazeera do Catar. O gabinete que entrega os cargos foi nomeado pelo ex-premiê rebelde Mahmoud Jibril. O novo será escolhido pelos 45 membros do corpo provisório governamental em Benghazi, o chamado Conselho Nacional de Transição.

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