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Gabinete egípcio assume sob críticas dos islamitas

Apoiador do ex-presidente Mohamed Mursi segura uma cópia do Alcorão durante manifestação na Praça Ramsés, no centro do Cairo | Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Apoiador do ex-presidente Mohamed Mursi segura uma cópia do Alcorão durante manifestação na Praça Ramsés, no centro do Cairo (Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Integrantes do governo interino do Egito, liderado pelo economista Hazem el Beblaui, tomaram posse ontem de seus cargos, quase duas semanas depois de o Exército derrubar o presidente islamita. Não ahá nenhum ministro ligado a movimentos islâmicos. A Irmandade Muçulmana rejeitou a nova formação, negando a legitimidade e a autoridade do novo governo.

No Cairo, sete pessoas foram mortas e mais de 260 ficaram feridas em confrontos entre partidários do presidente deposto Mohamed Mursi e as forças de segurança.

Em um salão do palácio presidencial, 33 ministros, em sua maioria liberais e tecnocratas, foram empossados pelo presidente interino Adly Mansur, um juiz instalado como chefe de Estado pelo Exército quando os militares depuseram Mursi em 3 de julho.

O chefe das Forças Armadas, Abdel Fattah el-Sisi, que depôs Mursi, recebeu o cargo de vice do primeiro-ministro interino, Hazem el-Beblawi, um economista liberal de 76 anos que recebeu a missão de estabelecer um "roteiro" para restaurar o poder civil e consertar a economia do país.

A Irmandade Muçulmana, movimento ligado a Mursi, criticou a posse.

"É um governo ilegítimo, um primeiro-ministro ilegítimo, um gabinete ilegítimo. Não reconhecemos nenhum deles. Sequer reconhecemos a autoridade deles como representantes do governo", disse o porta-voz Gehad El-Haddad à Reuters.

Nada

Nenhum dos novos ministros pertencem à Irmandade ou à Al Nour, o outro grande grupo islâmico do país. Juntos eles venceram as eleições parlamentares e dois referendos constitucionais desde a revolta de 2011 que derrubou o então presidente Hosni Mubarak.

O Exército disse que estava atendendo a vontade popular quando derrubou Mursi depois que milhões foram às ruas para exigir sua renúncia no fim de junho.

Um porta-voz de Mansur disse que a Al Nour e a Irmandade receberam ofertas para integrar o gabinete e disse acreditar que os dois grupos participariam da transição.

A Irmandade disse que jamais vai ceder em sua exigência para que Mursi volte ao poder e a Al Nour afirmou que está reservando julgamento sobre o gabinete por enquanto.

A formação do gabinete era um dos passos do processo de transição iniciado depois que as Forças Armadas egípcias depuseram, no último dia 3 de julho, o presidente Mursi.

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