Gabinete ministerial de maioria feminina toma posse na Espanha

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O gabinete de governo com a maior proporção de ministras da história da Espanha e da Europa foi empossado nesta quinta-feira (7), encerrando uma das transições de poder mais rápidas nas quatro décadas de democracia do país.

Dos 17 ministros do novo governo do socialista Pedro Sánchez, 11 são mulheres. Segundo a BBC, poucos países no mundo têm governos compostos 50% por mulheres. Entre eles estão a França, a Suécia e o Canadá. No Brasil, nenhuma mulher chefia um ministério atualmente.

Segundo Sánchez, o seu novo time “partilha a mesma visão de uma sociedade progressista que é modernizadora e pró-europeia”.

As escolhidas irão supervisionar áreas sensíveis como economia, finanças e defesa. A vice-presidente do governo será Carmen Calvo, que também assume o Ministério da Igualdade. O Ministério da Economia será comandado pela diretora geral de orçamento da União Europeia na Comissão Europeia, Nadia Calvino; o Ministério da Justiça vai ser liderado pela procuradora antiterrorismo Dolores Delgado; o cargo de ministra da Defesa foi dado a Margarita Robles; Magdalena Valério será ministra do trabalho; Reyes Maroto, assumirá a pasta da Indústria;  Isabel Celaá, o ministério da Educação; e María Jesus Montero, o Ministério da Fazenda.

Nossas convicções:  A valorização da mulher

Dois catalães também vão assumir postos importantes no novo governo: Meritxell Batet vai ficar à frente do Ministério de Administração regional, e Josep Borrel será ministro das Relações Exteriores. As nomeações mostram que Sánchez está estabelecendo suas credenciais para ter credibilidade na economia e reforçar o estado de direito na Catalunha.

Na semana passada, o Parlamento espanhol votou pela destituição de Mariano Rajoy do cargo de primeiro-ministro, após seu Partido Popular (PP) ser multado judicialmente por envolvimento em um escândalo de corrupção. Rajoy estava no poder desde 2011.

Sánchez assumiu no lugar de Rajoy na semana passada. Ele define seu governo como feminista, progressista, pró-europeu e como uma "reflexão fiel do melhor na sociedade que ele aspira servir".