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Bruxelas (EFE) – A União Européia inaugurou sexta-feira em São José dos Campos (SP) um Centro de Informação para a América Latina do sistema de navegação por satélite Galileo, o terceiro deste tipo após os da China e da região mediterrânea, que servirá para promover os futuros serviços e aplicações deste projeto. O principal objetivo é realizar atividades de informação e formação, além de facilitar a interação entre os interessados nos sistemas de navegação por satélite na América Latina e na Europa, segundo comunicado da Comissão Européia.

Em breve, será implantado no centro instalado no Brasil um projeto para desenvolver os serviços e aplicações do Galileo na região. O centro "contribuirá, de forma muito prática, para estimular nossas relações científicas e industriais neste promissor âmbito", segundo a nota da Comissão.

O vice-presidente do Executivo da UE e responsável pela área de Transportes, Jacques Barrot, destacou que, na última cúpula entre a União Européia e América Latina, a navegação por satélite foi incluída na "ordem do dia" das duas regiões. "Acho que nossa cooperação em relação ao Galileo tem um enorme potencial", acrescentou.

O sistema Galileo começará a funcionar parcialmente a partir de 2008 e, de forma completa em 2010. Será compatível com o sistema americano GPS, que atualmente domina o mercado, mas com maior potência, já que terá 30 satélites – o dos Estados Unidos tem 24 – e a capacidade de operar no interior de edifícios, através das janelas.

O sistema europeu será unicamente de uso civil, enquanto o GPS tem também utilidades militares. Além disso, terá múltiplas aplicações, sobretudo no controle rodoviário e aeronáutico. O mercado mundial dos produtos e serviços relacionados à rádio-navegação por satélite duplicou seu valor entre os anos de 2002 e 2003, passando de 10 bilhões para 20 bilhões de euros e se aproximará dos 300 bilhões de euros em 2020, quando haverá 3 bilhões de receptores em funcionamento.

Com o uso desses pequenos receptores, será possível determinar a localização de uma pessoa com uma margem de erro de apenas alguns metros. As receitas anuais em nível mundial serão, em 2020, de aproximadamente 275 bilhões de euros, segundo os dados da Comissão.

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