O Dalai-lama e outros ganhadores do Nobel da Paz nas últimas quatro décadas se reuniram hoje em um hotel a poucos quilômetros do local onde ocorreu o primeiro ataque com uma bomba atômica no mundo. Em Hiroshima, no Japão, o grupo manifestou seu pedido pelo fim das armas atômicas.
Os presentes também lembraram a difícil situação dos que não puderam comparecer à Cúpula Mundial de Laureados do Nobel da Paz celebrada anualmente. Entre os ausentes estão o vencedor deste ano, o dissidente chinês Liu Xiaobo, mantido em uma prisão na China, e Aung San Suu Kyi, uma ativista pela democracia em prisão domiciliar em Mianmar, que levou o Nobel da Paz em 1991.
O encontro anual reúne ganhadores de anos anteriores a fim de chamar a atenção para os avanços conseguidos por esse grupo, além de enviar uma mensagem pelos direitos humanos e contra a violência. No encontro, eles ouviram a história de um dos sobreviventes do ataque nuclear de 6 de agosto de 1945, quando os EUA lançaram a primeira bomba atômica sobre o país asiático.
O encontro de três dias se realiza fora do continente europeu pela primeira vez, com a intenção de destacar o devastador poder das armas nucleares. Os dois ataques realizados pelos EUA no fim da Segunda Guerra Mundial, em Hiroshima e Nagasaki, seguem gerando controvérsia. Muitos norte-americanos sustentam que eles salvaram muitas vidas, forçando o Japão a se render mais rápido, mas outros alegam que as bombas foram um caso de uso da força injustificada e desproporcional contra civis.
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