Temporal no Afeganistão foi o pior nos últimos 30 anos| Foto: HEDAYATULLAH AMID/EFE

O presidente do Afeganistão, Ashraf Gani, indicou neste sábado que a nevasca que castigou nesta semana amplas zonas do norte e leste do país causou pelo menos 286 mortes, qualificando o fato como uma “tragédia humanitária”.

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“Cerca de 286 mortos, 143 feridos e 1.248 casas foram destruídas no recente desastre natural”, indicou Gani em discurso televisionado ao país, no qual assinalou que continuam os trabalhos para determinar o alcance dos danos.

O presidente afegão afirmou que o desastre deixará efeitos negativos a longo prazo em uma nação com 36% da população vivendo “abaixo da linha da pobreza”.

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Segundo os últimos dados, 19 das 34 províncias do Afeganistão foram atingidas por avalanches e inundações e sofreram perdas importantes na agricultura e na pecuária, devastadas em algumas áreas.

Gani disse que deu instruções às autoridades competentes a fim de que estabeleçam um fundo especial para doações destinado à vítimas do temporal.

O presidente indicou que só o governo tem a capacidade de dar resposta aos danos e perdas, mas que recorrerá às doações internacionais para fazer frente à situação.

O presidente afegão anunciou, além disso, o adiamento da visita que tinha previsto fazer amanhã ao Irã pela situação vivida no país.

A província nordeste afegã de Panjshir foi a mais atingida pelas avalanches, com um balanço de 186 mortes e mais de 60 feridos.

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O governo afegão declarou hoje três dias de luto pelas vítimas causadas pelo temporal, que começou na noite da segunda-feira e se prolongou até quarta-feira.

Fontes oficiais afirmaram que este temporal, que teve um maior impacto nas zonas montanhosas, foi o pior nos últimos 30 anos.