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Lima – Diante de nove presidentes sul-americanos, mas sem a menor sombra do venezuelano Hugo Chávez, Alan García tomou posse ontem em Lima como presidente do Peru, 16 anos depois de ter deixado o cargo. O social-democrata García fez um discurso de mais de uma hora em sua volta ao poder, em que admitiu os erros de seu primeiro mandato (1985–90) e disse que aprendeu com eles. O então jovem presidente deixou o Peru na ruína econômica, com o país enfrentando hiperinflação e até falta de alimentos e no auge da violência terrorista do Sendero Luminoso. Ontem, prometeu compromisso com uma política econômica de austeridade fiscal e anunciou cortes nos salários dos funcionários públicos – de diplomatas a congressistas, além do seu próprio, que caiu de 42 mil soles (R$ 27 mil) para 16 mil soles (R$ 10 mil).

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, aproveitou a viagem para defender aliança comercial forte com o Peru. "Temos de ter uma aliança bem agressiva", afirmou, ao ser questionado sobre declaração do presidente do Peru, que defendeu uma aliança "moderada".

Petrobrás

O presidente do Peru pediu ao presidente Lula que a Petrobrás se torne sócia da PetroPeru. A informação foi dada pelo governador do Acre, Jorge Viana. Conforme relato de Viana, Garcia disse a Lula que o Peru não tem know-how suficiente para explorar petróleo e gás.

A preocupação com o aproveitamento dos recursos naturais é ponto importante da política de García, que tem apoio total do primeiro-ministro, Jorge Del Castillo, também social-democrata. Ele precisa ampliar a captação de recursos para oferecer solução à pobreza que afeta metade dos peruanos.

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