Cerca de sete meses após a morte de Kim Jong-nan, meio irmão do ditador norte-coreano Kim Jon-un, foram apresentadas as primeiras provas do caso durante julgamento nesta quinta-feira (5). A indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Thi Huong são acusadas da morte de Kim Jong-nan após jogarem um líquido no rosto dele. Investigadores suspeitam que a substância usada para cometer o crime foi o Gás sarin, o agente neurotóxico VX, considerado pelas Nações Unidas como uma arma de destruição maciça.
Durante o julgamento na Alta Corte de Shah Alam em Kuala Lumpur, um químico que deu depoimento como testemunha apresentou provas da presença do gás na camisa e nas unhas de uma das mulheres.
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Câmeras de segurança do aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia, registraram o momento do assassinato no dia 13 de fevereiro. As duas mulheres se aproximaram do meio irmão do ditador norte-coreano e jogaram a substância no rosto dele. Kim Jong-nan começou a apresentar sintomas logo depois e morreu em cerca de 20 minutos, enquanto ia para o hospital.
‘Pegadinha’
Apesar das provas, as duas mulheres declararam ser inocentes e que pensaram que aquilo não passava de uma ‘pegadinha’ de televisão. Elas ainda podem ser condenadas à pena de morte. Os advogados de defesa delas argumentaram que os verdadeiros culpados pelo crime conseguiram fugir do país.
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De acordo com Subramaniam Sathasivam, o ministro da saúde da Malásia, são necessários apenas 10 miligramas do agente neurotóxico VX para que a substância seja letal. No caso de Jong-nan, o departamento químico estatal sugeriu que a dose usada para o assassinato foi muito maior, causando séria paralisia.
Jong-nan vivia no exílio e era contra o regime do irmão e ditador norte-coreano, Kim Jong-un.
Ainda em fevereiro, a agência de espionagem sul-coreana e o serviço de inteligência americano afirmaram que a ordem para matar Jong-nan teria vindo do próprio regime norte-coreano. Pyongyang sustenta, no entanto, que Jon-nan foi vítima de um ataque cardíaco e que as acusações contra Kim Jong-un são uma conspiração dos inimigos do ditador.
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