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Palestinos mascarados arremessam pedras contra as forças da segurança de Israel no vilarejo de Al-Khader, na Faixa de Gaza | Musa al-Shaer/AFP
Palestinos mascarados arremessam pedras contra as forças da segurança de Israel no vilarejo de Al-Khader, na Faixa de Gaza| Foto: Musa al-Shaer/AFP

"O inimigo iniciou a batalha, mas a resistência determinará como acaba."

Abu Ahmed, porta-voz das Brigadas Al Qods, braço armado da Jihad Islâmica, no site do grupo.

18 pessoas haviam morrido até ontem à noite nos confrontos entre Israel e a Faixa de Gaza, de acordo com autoridades médicas do território palestino e do governo de Israel.

Rússia condena uso desigual da força por Israel

Agência Estado

O presidente russo, Vla­dimir Putin, pediu ontem tanto ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, quanto aos palestinos de Gaza que evitem a violência crescente, que já matou ao menos 15 palestinos e três israelenses. A Rússia condenou o uso "desproporcional" da força por Israel, mas também afirmou que os militantes precisam parar com o disparo de foguetes a partir da Faixa de Gaza.

"O presidente da Rússia pediu às duas partes que ajam com moderação e evitem o caminho da escalada da violência, cujas vítimas incluem civis, e que façam de tudo para levar a situação de voltar ao seu curso normal", disse o Kremlin após uma conversa entre Putin e Netanyahu.

"Os ataques contra o sul de Israel e os bombardeios desproporcionais contra a Faixa de Gaza – especialmente com as mortes de civis – são totalmente inaceitáveis", disse o porta-voz da chancelaria russa, Alexander Lukashevich.

No segundo dia de sua maior ofensiva militar na faixa de Gaza em quatro anos, Israel sofreu ontem a retaliação de grupos islâmicos, que lançaram dezenas de foguetes, mataram três israelenses e alvejaram a principal região metropolitana do país.

O ataque israelense, que começou na quarta com a execução do principal comandante militar do grupo islâmico Hamas em Gaza, se intensificou, atingindo cerca de 200 alvos em 24 horas.

Até a noite de ontem, o total de palestinos mortos havia chegado a 15. Entre eles, nove militantes de grupos radicais e seis civis, incluindo pelo menos três crianças.

Além de advertir que a ofensiva aérea está longe do fim, Israel ameaça expandi-la por terra. Ontem o ministro da Defesa, Ehud Barak, confirmou a convocação de 30 mil soldados da reserva.

Numa estrada do sul de Israel, a reportagem acompanhou o movimento de um comboio com seis tanques a caminho de Gaza, em preparação para uma possível invasão.

O governo israelense, porém, não fala em derrubar o governo do Hamas. O objetivo declarado da ofensiva é limitado a restaurar o poder de dissuasão de seu Exército e mitigar a artilharia de Gaza.

O premiê de Israel, Ben­jamin Netanyahu, disse que instruiu o Exército a fazer "ataques cirúrgicos contra a infraestrutura terrorista em Gaza", a fim de devolver a segurança às comunidades na divisa.

"O Hamas e outras organizações terroristas em Gaza tornaram impossível uma vida normal para quase um milhão de israelenses", disse Netanyahu, afirmando que "nenhum governo" toleraria uma situação semelhante.

Inicialmente, como esperado, a segurança dos israelenses em torno de Gaza piorou com a escalada. Dois homens e uma mulher foram mortos quando um foguete atingiu um prédio de Kiriat Malachi, pequena cidade 20 km ao norte de Gaza.

"Vivemos sob bombardeio há anos", disse o prefeito da cidade, Moti Malcha, diante do rombo aberto pelo foguete no quarto andar.

"Mesmo sofrendo a retaliação, apoiamos totalmente a operação do Exército. Espero que ela não termine até alcançar seus objetivos."

Já era quase noite quando o alarme soou na região de Tel Aviv, confirmando o temor em Israel de que grupos de Gaza iriam retaliar com foguetes de maior alcance.

É a primeira vez desde a primeira Guerra do Golfo (1991) que a maior área metropolitana do país entra em alerta de bombardeio. Dois foguetes foram disparados, um caiu numa área aberta em Rishon Lezion, perto de Tel Aviv, e o outro, no mar.

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