A companhia estatal russa Gazprom anunciou nesta terça-feira (14) que reduzirá em cerca de 40% o volume de gás que fornece à Europa através do gasoduto Nord Stream, devido a demora das reparações por parte da Siemens, que se somou às sanções do Ocidente contra Moscou.
“Neste momento, garantimos um nível de abastecimento de gás pelo gasoduto Nord Stream de até 100 milhões de metros cúbicos diários”, informou a empresa, através do canal que mantém no Telegram.
Anteriormente, o fornecimento da Gazprom para a Europa era de 167 milhões de metros cúbicos de gás.
Segundo a companhia russa, a “Siemens não entregou a tempo os equipamentos de bombeamento consertados. Expiraram os prazos de serviço técnico, e foram detectadas falhas técnicas nos motores”.
Por isso, neste momento, apontou a Gazprom, o número de bombas caiu para três, o que afeta o volume de gás que pode ser transferido.
Em meados de maio, o grupo tecnológico e industrial alemão Siemens anunciou a saída do mercado russo, como resposta à guerra da Ucrânia. Desde então, começou a suspender operações e atividades industriais.
Segundo a companhia, as sanções internacionais e as possíveis medidas de retaliação afetam suas atividades na Rússia, especialmente, os serviços ferroviários e de manutenção.
O presidente e CEO da Siemens, Roland Busch, foi o responsável por anunciar que a empresa tomou a decisão, deixando o país onde atua há quase 170 anos.