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O presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder, acusou os líderes mundiais de lançarem um golpe de Estado para depô-lo e disse que os marfinenses estão sendo submetidos à hostilidade internacional. "Ninguém tem o direito de chamar os exércitos estrangeiros para invadir seu país. A nossa maior obrigação com nosso país é a de defendê-lo contra um ataque externo", afirmou Gbagbo num discurso na TV estatal.

Enquanto isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou os partidários de Gbagbo para não atacarem o hotel onde o presidente eleito do país, Alassane Ouattara, está sendo protegido por centenas de soldados da força de paz da organização. Charles Ble Goude, líder de um grupo que apoia Gbagbo, disse que Ouattara e seus partidários têm até o sábado para "fazer as malas" e deixar o hotel.

Ouattara foi reconhecido pela comunidade internacional e pela comissão eleitoral da Costa do Marfim como presidente eleito nas eleições de novembro. Mas Gbagbo insiste que venceu a disputa, apontando para uma decisão da Corte Constitucional, que o declarou vencedor. A Corte é chefiada por um aliado de Gbagbo e invalidou meio milhão de votos que Ouattara recebeu na sua base eleitoral no norte do país.

A ONU afirmou que o país enfrenta um risco real de voltar à guerra civil, mas o primeiro-ministro, Guillaume Soro, um aliado de Ouattara, disse a repórteres que o país já está "de fato numa situação de guerra civil". As informações são da Associated Press.

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