O gelo no oceano Ártico começou a se expandir depois do terceiro maior degelo no verão, que permitiu que navios testassem uma nova rota ao norte da Rússia.
"Parece que passamos a área mínima de gelo este ano", afirmou à Reuters Ola Johannessen, chefe do Centro Nansen de Ambiente e Percepção Remota na Noruega, nesta quinta-feira, com base em imagens de satélite indicando um pequeno aumento na área de gelo.
Muitos cientistas afirmam que a diminuição do gelo no Ártico nos últimos anos é um dos sinais mais fortes do aquecimento global. Líderes mundiais se encontrarão na sede da ONU em Nova York no dia 22 para discutir um acordo climático mundial a ser firmado em dezembro.
No fim do verão ártico em setembro de 2007 o gelo chegou a sua menor área desde que satélites passaram a realizar o monitoramento no fim dos anos 1970. A mínima de 2009 é a terceira menor atrás da de 2008 em apenas 5 milhões de quilômetros quadrados.
"Ele se recuperou um pouco dos últimos dois anos, mas ainda está muito abaixo da média das últimas décadas", apontou.
"A mínima provavelmente ocorreu nos últimos dois dias", afirmou Peter Wadhams, professor de física oceânica na Universidade de Cambridge que estuda a grossura do gelo.
"A causa é principalmente a mudança climática", disse ele por telefone via satélite sobre a diminuição do gelo nas últimas décadas. A diminuição do gelo no Beaufort Ártico e Mar Chukchi, por exemplo, tornarem-se mais vulneráveis a serem quebrados por ventos e ondas.
O degelo permitiu que navios comerciais testassem a rota ao longo da costa russa pela primeira vez. Dois navios alemães levaram equipamentos industriais da Coreia do Sul ao porto siberiano de Yamburg na semana passada.