Varsóvia - Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do presidente da Polônia, Lech Kaczynski, morto em um acidente aéreo no último dia 10, disse hoje que será o candidato do partido oposicionista de direita Lei e Justiça (PiS) nas eleições presidenciais.
Os poloneses vão eleger um novo presidente no dia 20 de junho, em pleito antecipado pela morte de Lech na queda do avião presidencial na Rússia. Outras 95 pessoas, incluindo a primeira-dama, Maria, e vários membros do alto escalão do governo morreram na tragédia.
"O fim trágico da vida do presidente, a morte da elite patriótica da Polônia, significam apenas uma coisa para nós: que devemos terminar a missão deles", disse Kaczynski, em comunicado.
"A Polônia é nossa grande obrigação compartilhada. Temos o dever de superar nossa dor pessoal e assumir a missão, apesar da tragédia pessoal. É por isso que tomei a decisão de concorrer à Presidência da Polônia."
Para Stanislaw Mocek, cientista político na Academia polonesa de ciências, "não há outro candidato do PiS que possa passar do primeiro turno" no dia 20 de junho. O o jornal de centro-esquerda Gazeta Wyborcza comentou: "O líder do PiS perdeu na catástrofe seu irmão, sua cunhada e muitos amigos, mas nossos interlocutores repetem: é duro e a política o empurra mais do que nunca à ação".
Apesar da onda de simpatia pela família Kaczynski, pesquisas de opinião demonstram que o presidente interino Bronislaw Komorowski, candidato do partido governista de centro, a Plataforma Cívica (PO), é o favorito para a eleição.
No total, 14 candidatos de todas as frentes se apresentam às eleições. A Aliança da Esquerda Democrática (SDL, oposição), terceira força política no parlamento, designou na última semana Grzegorz Napieralski como seu líder. O favorito é Komorowski, de 57 anos, chefe de Estado interino após a morte do presidente Kaczynski.