• Carregando...
Garotos sírios pedem ação rápida no país, em Kfar Nubul | AFP
Garotos sírios pedem ação rápida no país, em Kfar Nubul| Foto: AFP

A França confirmou ontem que Manaf Tlas, general de brigada e amigo do ditador sírio, Bashar Assad, desertou, em um dos mais duros golpes contra o regime desde o início da revolta popular.

Tlas estudou com Assad na escola militar, era general da Guarda Republicana e filho de um importante ex-ministro de Defesa. Ele ajudou ainda a organizar a sucessão de Assad no poder, em 2000.

Sua deserção havia sido anunciada pelos rebeldes, mas não confirmada pelo regime. Ela tem pouco efeito prático no Exército sírio, mas é uma derrota moral para o ditador, que tem visto dezenas de militares fugirem para a Turquia nos últimos dias.

O apoio do Exército sírio é tido como um dos pilares de sua resistência à revolta popular iniciada há 15 meses.

Tlas é ainda membro da pequena elite sunita aliada do governo alauíta de Assad, e sua fuga levantou temores de que o ditador perde ainda importante apoio político.

Saída de Assad

A conferência de Paris sobre a Síria exortou ontem o Conselho de Segurança da ONU a adotar "urgentemente" uma resolução vinculante, que retome o plano do emissário internacional Kofi Annan e o acordo conquistado na semana passada em Genebra sobre uma transição política.

Em suas conclusões, a conferência de Amigos do Povo Sírio, que reuniu uma centena de países na capital francesa, afirma também que Bashar Assad deve abandonar o poder. Os participantes também decidiram "aumentar massivamente a ajuda à oposição" síria.

O presidente da França, François Hollande, ressaltou na cúpula que a manutenção da violência na Síria "não salvará" o regime de Assad e encorajou a comunidade internacional a impor sanções mais duras contra a Síria.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]