Atualizado às 13h18min
PORTO PRÍNCIPE - O general brasileiro que comandava a Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), no Haiti, Urano Teixeira da Matta Bacellar, foi encontrado morto com um tiro, neste sábado, no quarto do Hotel Montana, onde morava, em Porto Príncipe. A informação foi confirmada pelo Exército Brasileiro. Segundo o o assessor de informações públicas da força brasileira, tenente coronel Fernando da Cunha Matos, o oficial morreu em decorrência de um "acidente com arma de fogo".
O Ministério das Relações Exteriores informou que também se pronunciará sobre o assunto. Até o momento, o Palácio do Planalto não comentou a morte do general. Segundo a agência Reuters, o oficial teria cometido suicídio. Mas o Exército ainda não confirmou esta notícia.
O corpo do general brasileiro foi levado para o hospital da Missão de Paz da ONU, que está sob a administração de oficiais da Argentina.
O general Urano assumiu o posto no dia 31 de agosto de 2005, no lugar do general Augusto Heleno Pereira no comando das forças da ONU no Haiti. Natural de Bagé, no Rio Grande do Sul, Bacellar ocupou até recentemente o posto de subchefe do Estado-Maior do Exército, em Brasília. O nome dele para o cargo no Haiti foi indicado pelo Comando do Exército brasileiro.
Em fevereiro de 2004, o então presidente haitiano, Jean-Bertrand Aristide, fugiu do país em meio a uma revolta popular e pressões dos EUA e da França para que renunciasse. Logo em seguida, o país entrou em um período de violência maior e ainda não conseguiu realizar eleições para um novo governo. As autoridades interinas do país culparam a missão da ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA) pelos diversos atrasos no pleito, acusação que ambos os órgãos rejeitam.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião