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polêmica

Genro do rei da Espanha é intimado a depor como réu em caso de corrupção

O genro do rei da Espanha, Iñaki Urdangarin, foi intimado a depor como réu, no dia 6 de fevereiro, pelo juiz que investiga um caso de suposta corrupção, o que dá uma nova dimensão ao primeiro escândalo que atinge o popular rei Juan Carlos.

O juiz José Castro Aragón também decidiu retirar o sigilo judicial sobre o caso, informou o tribunal superior de justiça das Ilhas Baleares em um comunicado. O duque de Palma irá depor perante um juiz em Palma de Mallorca, na presença de seu advogado, Mario Pascual Vives.

O advogado, também porta-voz de Iñaki Urdangarin, disse nesta quinta-feira (29) perante os jornalistas que seu cliente é "totalmente inocente".

"Tudo o que tem saído, todas as avaliações, todas as informações, logicamente danificaram ou pretendiam danificar sua honra", disse, se referindo aos meios de comunicação que publicaram revelações sobre o caso.

"Agora terá a oportunidade, como ele disse em um comunicado, de poder começar a se defender", acrescentou.

"A acusação não modifica nossa posição. Seguimos com o máximo respeito à atuação judicial, que é a mesma postura que tivemos sempre neste assunto. Não temos nenhum comentário a fazer", declarou à AFP uma autoridade da Casa do Rei.

Iñaki Urdangarin, ex-campeão de handebol de 43 anos, casado com a infanta Cristina, a mais nova das filhas do rei Juan Carlos e da rainha Sofia, foi mencionado em uma investigação por corrupção no qual está envolvido o Instituto Noos, uma sociedade de mecenato que presidiu entre 2004 e 2006.

A investigação ocorre, sobretudo, pelos 2,3 milhões de euros cobrados pela sociedade para a organização do Fórum Illes Balears, um congresso sobre turismo e esporte que ocorreu em 2005 e 2006. Diego Torres, então sócio de Urdangarin, já foi acusado no caso.

Convidado pelo rei desde 2006 a abandonar a presidência de Noos, o duque de Palma aceitou neste mesmo ano um cargo da Telefónica que o obrigou a se mudar para Washington em 2009, onde ainda vive com sua família.

Uma maneira que o soberano teve de colocar um "primeiro cordão sanitário ou barreira" entre seu genro e a instituição, explicou à AFP a jornalista Pilar Urbano, quem mais escreveu sobre a família real.

Na quarta-feira, a Casa do Rei publicou suas contas pela primeira vez desde a chegada da democracia na Espanha. Esta decisão foi interpretada pela imprensa como um gesto de transparência, num momento em que o caso Urdangarin mancha a imagem da discreta família real.

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