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Polêmica

Gentileza de Putin com primeira-dama chinesa é censurada em Pequim

Presidente Vladimir Putin coloca xale sobre os ombros de Peng Liyuan, primeira-dama da China | Reuters
Presidente Vladimir Putin coloca xale sobre os ombros de Peng Liyuan, primeira-dama da China (Foto: Reuters)

Uma tentativa de galanteio do presidente russo, Vladimir Putin, gerou polêmica na China. Putin participava da cúpula anual da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Pequim, na segunda-feira (11), quando não fez cerimônia para colocar um xale sobre os ombros da primeira-dama chinesa, Peng Liyuan. O movimento foi flagrado pela televisão estatal chinesa e repercutiu rápido na mídia social do país, mas as autoridades não aprovaram e pediram para retirar o vídeo de circulação.

O movimento ocorreu enquanto o presidente chinês, Xi Jinping, estava distraído conversando com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Após uma breve conversa com Peng, Putin levantou-se rapidamente, pegou um xale e envolveu-o em torno dos ombros da primeira-dama. Ela sorriu graciosamente, agradeceu, e sentou-se, mas um pouco mais tarde entregou o artigo para um assistente.

A emissora estatal China Central Television (CCTV) flagrou o momento e o comentarista da TV relatou o gesto cavalheiresco de Putin. As principais agências de notícias chinesas rapidamente publicaram o vídeo, que também começou a circular na mídia social do país. A ocasião ainda gerou uma hashtag #PutindáseucasacoaPengLiyuan no Weibo, uma espécie de Twitter da China. No entanto, poucas horas da divulgação do filme, ele foi censurado.

A China espera para projetar uma imagem de boa moça, enquanto a atenção internacional gira em torno de acolhimento da APEC. Mas essa não é a única razão pela qual a Putin-Peng Coatgate tem censores da China em alerta máximo.

A mídia estatal chinesa controla rigidamente a reputação dos dirigentes superiores do governo. Inclusive, os nomes dos principais líderes da China são muitas vezes alguns dos termos mais fortemente censurados na mídia social chinesa.

Além disso, a campanha anticorrupção arrebatadora do atual presidente aponta a a infidelidade como um sinal e um sintoma de suborno. E dado os crescentes laços econômicos e militares da China com a Rússia, qualquer comportamento não apropriado, é certamente estritamente proibido no país.

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