Memorial em homenagem a George Floyd no local em que ele morreu sob custódia da polícia em Minneapolis, nos EUA| Foto: Kerem Yucel / AFP
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A defesa dos policiais acusados de matar George Floyd vai alegar que uma overdose de drogas e condições de saúde pré-existentes causaram a morte do afro-americano em 25 de maio, em Minneapolis, embora a autópsia tenha concluído que a morte de George Floyd foi causada pela "subjugação, restrição e compressão do pescoço" da vítima.

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Segundo a imprensa americana, novos documentos juntados ao processo nesta semana mostram anotações de um procurador do condado de Hannepin durante entrevista com o legista que fez a autópsia de Floyd, o médico Andrew Bakerm, em 1º de junho. Nos escritos, Baker disse que Floyd tinha 11 ng/mL do opioide fentanil em seu sistema sanguíneo, um nível que poderia ser letal.

"Se ele fosse encontrado morto em casa sozinho e sem outras causas aparentes, seria aceitável dizer que foi OD (overdose). Mortes foram certificadas com níveis de 3", disse Baker aos investigadores.

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Baker disse, em outro documento, que "este é um nível fatal de fentanil sob circunstâncias normais", mas depois afirmou que não estava dizendo que a droga havia causado a morte de Floyd.

Os novos documentos também apontam que Floyd tinha problemas cardíacos e que "pelo menos uma artéria estava aproximadamente 75% bloqueada". A autópsia também tinha revelado que Floyd estava com Covid-19, embora assintomático.

Contudo, Baker concluiu que a morte de George Floyd foi causada pela "compressão do pescoço, restrição e subjugação" por parte da polícia, aliada a uma combinação de fatores, motivo pelo qual considerou o caso um homicídio.

A autópsia feita por Baker passou por uma revisão dos médicos das Forças Armadas dos EUA, que confirmaram suas descobertas. "A morte dele foi causada pelo subjugamento e contenção da polícia, no contexto de doença cardiovascular aterosclerótica hipertensiva grave e intoxicação por metanfetamina e fentanil".