George Floyd, cuja morte na semana passada desencadeou uma onda de protestos nos Estados Unidos, morreu por "asfixia" (falta de oxigênio) "devido à compressão no pescoço e costas", disseram dois médicos responsáveis por uma autópsia encomendada pela família de Floyd, nesta segunda-feira (1).
Segundo os resultados preliminares da autópsia, a morte de Floyd foi causada "por asfixia devido à compressão de seu pescoço e costas que levou à interrupção da circulação de sangue para o cérebro", noticiou a CBS. A médica Allecia Wilson, uma das responsáveis pelo exame, descreveu a morte como "homicídio", em entrevista coletiva.
O médico Michael Baden, também responsável pelo exame, disse que Floyd tinha boa saúde e afirmou que a autópsia mostrou que "nenhum problema médico causou ou contribuiu com a sua morte".
"Os examinadores independentes descobriram que o peso nas costas, as algemas e a posição foram fatores que contribuíram para prejudicar a capacidade do diafragma do Sr. Floyd de funcionar", diz comunicado divulgado pelo advogado da família, Benjamin Crump. Os médicos disseram ainda que as evidências indicam que Floyd morreu no local.
Os resultados da análise contradizem as conclusões da autópsia feita anteriormente pelo departamento de medicina legal do Condado de Hennepin, que disse que Floyd não foi estrangulado e morreu por condições de saúde pre-existentes e por ter sido imobilizado.
O policial Derek Chauvin, que é visto em vídeo pressionando o pescoço de Floyd com seu joelho por mais de oito minutos, foi preso na sexta-feira sob a acusação de assassinato em terceiro grau e homicídio culposo. Os outros três policiais que participaram da ação foram demitidos do departamento de polícia e não foram presos.
A família de Floyd pede que Chauvin seja acusado de assassinato em primeiro grau e que os outros policiais envolvidos sejam presos.
O caso deu início a uma onda de protestos contra racismo e violência policial que já dura seis dias. As manifestações se espalharam por pelo menos 75 cidades americanas.
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