A Geórgia alegou nesta terça-feira (23) ter derrubado uma sonda russa que sobrevoava seu território perto da fronteira com a Ossétia do Sul, uma região separatista pró-Moscou. O Ministério da Defesa da Rússia desqualificou a alegação como "provocação". Shota Utiashvili, porta-voz do Ministério de Interior da Geórgia, disse que a sonda não tripulada foi derrubada por oficiais da polícia georgiana nesta segunda-feira (22) perto de Tsiteliubani, um povoado nas proximidades de Gori e da fronteira com a Ossétia do Sul. Utiashvili não apresentou nenhuma prova da alegação, mas afirmou que os destroços da sonda seriam mostrados mais tarde para os jornalistas.
A tensão entre Moscou e Tbilisi continua acentuada depois da guerra travada no mês passado. A Rússia mantém atualmente cerca de 8 mil soldados na Abkházia e na Ossétia do Sul, as duas províncias separatistas georgianas pró-Moscou. No domingo, um policial georgiano morreu e três ficaram feridos em um choque com guerrilheiros separatistas da Abkházia. Ontem, dois policiais georgianos ficaram feridos ao pisarem numa mina terrestre. A Rússia promete retirar suas forças do interior da Geórgia assim que 200 observadores europeus forem enviados à região. O início da missão da União Européia (UE) está previsto para 1º de outubro.
A retirada russa não abrange as tropas atualmente posicionadas na Abkházia e na Ossétia do Sul. Depois da guerra, Moscou reconheceu as declarações de independência feitas pelas duas regiões separatistas no início da década passada. A Rússia invadiu a Geórgia em 8 de agosto, um dia depois de forças georgianas terem deflagrado uma ofensiva militar contra a Ossétia do Sul, uma região separatista cuja maioria da população é de nacionalidade russa. Os soldados russos repeliram a invasão e ocuparam parte da Geórgia.
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