Tropas russas no território da Geórgia estão impedindo milhares de refugiados de retornarem para as suas casas, afirmou uma autoridade georgiana neste sábado.
Os militares russos ainda mantêm postos de controle na Geórgia e patrulham um porto do Mar Negro mesmo depois de Moscou ter retirado grande parte de suas forças que foram destacadas para esmagar a tentativa da Geórgia de retomar o controle sobre duas províncias separatistas.
Moscou reconheceu a Ossétia do Sul e a Abkházia como Estados independentes, recebendo uma enxurrada de críticas dos governos ocidentais, que alegam que a presença russa em território georgiano equivale a uma ocupação parcial.
A Rússia enviou tropas e veículos militares para a região há três semanas, após a Geórgia ter destacado militares em uma tentativa fracassada de retomar a Ossétia do Sul. Moscou afirmou que sua medida era necessária para impedir um "genocídio" de civis na Geórgia.
O governador de Gori, uma cidade georgiana ocupada pelas forças russas durante o breve conflito, afirmou que soldados do país vizinho ainda ocupam vilas próximas e impedem os moradores de retornarem para as suas casas.
"Os russos têm postos de controle e ainda não conseguimos levar essas pessoas de volta aos seus lares," disse o governador Lado Vardzelashvili.
A Rússia alega que está no seu direito, dentro de um cessar-fogo, de manter tropas de paz em uma região fora das zonas rebeldes, um ponto contestado pela França, que ocupa a Presidência da União Européia, que intermediou o acordo.
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