O Sonho Georgiano, partido que governa a Geórgia, anunciou a retirada de um projeto de lei para que organizações de outros países se registrassem como agentes estrangeiros, após duas noites de grandes protestos na capital do país, Tbilisi.
A matéria exigiria que as organizações que tivessem recursos recebidos do exterior como 20% ou mais da sua receita anual deveriam se registrar como agentes estrangeiros. Os críticos do projeto alegam que a inspiração seria a Rússia, onde o presidente Vladimir Putin utiliza a legislação sobre agentes estrangeiros para perseguir e calar vozes dissidentes.
A oposição, que alertou que a lei poderia comprometer o processo de entrada da Geórgia na União Europeia, solicitada no ano passado, manteve a convocação de novas manifestações para esta quinta-feira (9) e exige um cancelamento formal do projeto de lei.
“Temos uma experiência muito triste de que o Sonho Georgiano mentiu várias vezes para o povo georgiano”, justificou Giga Lemonjala, secretário executivo de um dos partidos da oposição. Ele pediu a libertação das 142 pessoas presas durante os protestos, nos quais houve confrontos com as forças de segurança.
No Twitter, a delegação da União Europeia na Geórgia elogiou a decisão de retirar o projeto de lei. “Encorajamos todos os líderes políticos na Geórgia a retomar as reformas pró-UE, de forma inclusiva e construtiva”, afirmou.
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