Donald Trump, ex-presidente dos EUA, acena a pedestres ao deixar a Trump Tower, em Nova York, 29 de junho| Foto: EFE/EPA/JUSTIN LANE
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Um ex-conselheiro de campanha de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, lançou uma nova plataforma de rede social no último domingo, 4 de julho, data em que se comemora a independência americana, para declarar "independência" das redes sociais tradicionais.

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A rede social Gettr alega ser uma zona "livre de cancelamento" e com foco na liberdade de expressão. Segundo Jason Miller, a plataforma tem "tecnologia superior" e será "a inveja do Vale do Silício". Miller disse em entrevista à Fox News que acredita que o Gettr será uma plataforma global, "não apenas para conservadores americanos".

E, de fato, o Gettr já atraiu a atenção dos brasileiros. O Brasil está em segundo lugar em número de usuários da nova rede, que já estava disponível nas lojas de aplicativos no mês de junho, segundo o Tech Crunch.

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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, já tem uma conta verificada na rede, com quase 105 mil seguidores. Até o momento, as publicações do presidente brasileiro no Gettr são idênticas às de seu perfil no Twitter.

Donald Trump ainda não tem um perfil na rede, mas várias pessoas associadas ao ex-presidente americano já têm presença na nova plataforma. Trump não tem plano de se juntar ao Gettr, disse à Bloomberg uma pessoa próxima.

A rede social é semelhante ao Twitter e permite que os usuários postem mensagens de até 777 caracteres. Segundo Miller, os usuários da nova rede podem publicar vídeos de até 3 minutos e importar suas publicações do Twitter.

Problemas no lançamento

Logo após o seu lançamento, a rede já passou por problemas. Hackers conseguiram coletar dados de mais de 85 mil usuários, incluindo e-mails, nomes e datas de nascimento, que deveriam ser privados.

No dia do lançamento, várias contas verificadas de personalidades ligadas a Trump foram hackeadas. Os perfis de Mike Pompeo, ex-secretário de Estado dos EUA; Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca; Marjorie Taylor Greene, deputada republicana; da rede americana Newsmax; entre outro, foram invadidos. Todas essas contas foram modificadas para exibir a mensagem "@JubaBaghdad was here :) ^^free palestine ^^", noticiou a Business Insider. Os perfis voltaram ao normal no mesmo dia.

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Outro problema enfrentado pela rede já no seu lançamento foi a postagem em massa de imagens pornográficas. Usuários, aproveitando-se do compromisso da rede de não censurar mensagens, inundaram os comentários de publicações, incluindo o post de boas-vindas do Gettr, com imagens e montagens pornográficas, relatou o Mother Jones.

Trump processa Big Techs

Donald Trump, que foi barrado de redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram, anunciou nesta quarta-feira (7) que está liderando um processo, como reclamante, contra o Twitter, o Facebook e o Google, por bani-lo de suas plataformas após os eventos de 6 de janeiro no Capitólio dos EUA.

"Não há melhor evidência de que as empresas big tech estão fora de controle do que o fato de que eles baniram o presidente em exercício dos Estados Unidos no início deste ano", disse Trump em entrevista ao fazer o anúncio. "Se eles podem fazer isso comigo, podem fazer com qualquer um."