Após o veredicto, Giuliani disse que não teve “nada a ver” com os comentários contra as funcionárias e que vai recorrer| Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO
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Um júri de Washington, capital dos Estados Unidos, determinou nesta sexta-feira (15) que o ex-prefeito de Nova York (1994-2001) e advogado do ex-presidente Donald Trump (2017-2021) Rudolph Giuliani deve pagar cerca de US$ 148 milhões a duas funcionárias eleitorais do estado da Geórgia por declarações consideradas difamatórias contra elas após as eleições presidenciais de 2020.

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Segundo informações da CNN, Ruby Freeman deve receber cerca de US$ 16 milhões por difamação e US$ 20 milhões por sofrimento emocional. A filha dela, Shaye Moss, terá direito a cerca de US$ 17 milhões por difamação e US$ 20 milhões por sofrimento emocional. O júri também concedeu US$ 75 milhões em danos punitivos.

Giuliani não prestou depoimento durante o julgamento, no qual vídeos e áudios foram reproduzidos e mostraram o ex-prefeito de Nova York alegando que as duas funcionárias eleitorais colocaram cédulas a mais em urnas e foram flagradas em vídeo supostamente passando uma para a outra um drive USB, que na verdade seria uma bala de gengibre, como parte de um esquema de fraude eleitoral.

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As duas funcionárias eleitorais alegaram que foram vítimas de ameaças e perderam oportunidades de trabalho devido às declarações de Giuliani.

Após o veredito, ele disse que “o absurdo do número [US$ 148 milhões] sublinha o absurdo de todo o processo”.

“Não tive nada a ver com os comentários que elas receberam”, alegou o ex-prefeito de Nova York, que disse que as ameaças contra Moss e Freeman relatadas no julgamento foram “abomináveis, são deploráveis”, mas que ele é alvo de “comentários como esses todos os dias”.

“Meus comentários [sobre as duas funcionárias] não foram nessa linha”, disse Giuliani, que afirmou que apresentará recurso.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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