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O exército da Guiné-Bissau atribuiu a tentativa de golpe lançada na quinta-feira (12) no país do oeste africano a um suposto acordo militar secreto entre o governo e Angola, segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira (13) pela rádio nacional. Este foi o primeiro comentário feito pelos militares do país desde que seus soldados atacaram a residência do primeiro-ministro, Carlos Gomes, e ocuparam a sede do partido governista e as dependências da rádio.

O paradeiro de Gomes, que foi preso pelos soldados, é desconhecido, e os golpistas não disseram quem está no comando do país.

"Os eventos de quinta ocorreram porque descobrimos a existência de um acordo militar secreto assinado pelo primeiro-ministro Carlos Gomes, o presidente interino Raimundo Pereira, o governo da Guiné-Bissau e Angola", os militares disseram no comunicado. "Este acordo tem como objetivo legalizar a presença de tropas estrangeiras, a missão militar angolana, com o intuito de proteger o governo em tempos de crise", concluíram.

A presença de soldados angolanos é um fator de discórdia entre o governo e o exército da Guiné-Bissau, que, assim como Angola, é uma ex-colônia portuguesa.

Os cerca de 200 soldados foram enviados à Guiné-Bissau no ano passado, mas o governo angolano afirmou recentemente que eles logo serão retirados do país.

A tentativa de golpe foi condenada pela União Africana, que a descreveu como "ultrajante". As informações são da Dow Jones.

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