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A líder da oposição, María Corina Machado, acena em carro de som com fotos do candidato presidencial da PUD, Edmundo González, durante manifestação em Caracas no sábado (17)
A líder da oposição, María Corina Machado, acena em carro de som com fotos do candidato presidencial da PUD, Edmundo González, durante manifestação em Caracas no sábado (17)| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

O candidato da maior coligação opositora da Venezuela, Edmundo González Urrutia, rechaçou nesta quinta-feira (22) a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que confirmou a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais.

“A soberania reside de forma intransferível no povo. Os órgãos do Estado emanam da soberania popular e estão sujeitos a ela. Não usurparão a verdade”, escreveu o candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD), considerado o vencedor das eleições por diversas organizações nacionais e internacionais.

O TSJ assumiu a “validação” dos resultados eleitorais, a pedido de Maduro, que apresentou um recurso de amparo que nunca chegou a ser divulgado e pelo qual os dez ex-candidatos presidenciais foram convocados ao tribunal, embora González tenha se recusado a comparecer, por considerar que a verificação não é responsabilidade do órgão jurídico, mas sim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

A Salta Eleitoral do TSJ validou “os resultados da eleição presidencial do dia 28 divulgados pelo CNE”, disse hoje a altas autoridades do Estado e representantes diplomáticos a presidente do Supremo, a chavista Caryslia Rodríguez, que liderou a perícia judicial.

A decisão do Supremo foi a que González e outros opositores esperavam, por considerarem que o tribunal é “tendencioso”, ao contrário do que afirma Maduro, que defende sua imparcialidade.

Horas antes de a sentença ser proferida, o candidato da PUD tinha alertado que a decisão judicial “só agravará a crise” que o país atravessa depois da questionada vitória que o órgão eleitoral concedeu a Maduro.

Da mesma forma, o opositor disse que os venezuelanos não estão dispostos a “abrir mão da liberdade” ou do “direito de mudar em paz para viver melhor” após as eleições presidenciais, as quais a PUD apontou que seu candidato venceu, segundo 83,5% das atas que coletou através de fiscais e membros das mesas de votação, documentos que o governo qualifica como “falsos”.

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