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EUA

Google demite 28 funcionários que ocuparam a empresa em “protesto” contra Israel

Escritório do Google em Nova York (Foto: EFE/EPA/JUSTIN LANE)

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O Google demitiu nesta quarta-feira (17) 28 funcionários que participaram de "protestos" contra Israel ocupando as dependências da empresa em Nova York, Califórnia e Washington.

Na terça-feira (16), funcionários da gigante de tecnologia decidiram fazer um “protesto” contra Israel sentando dentro das dependências da empresa. Os funcionários, inclusive, chegaram a invadir a sala do CEO do Google Cloud, Thomas Kurian, na Califórnia, onde colocaram um cartão que dizia “Abandone o Nimbus”.

Nimbus é o nome de um projeto desenvolvido pelo Google e a Amazon que fornece ao governo israelense, através de um contrato de US$ 1,2 bilhão, serviços de nuvem, como inteligência artificial.

Segundo informações do New York Times, os protestos, que culminaram na demissão dos funcionários, são um capítulo recente de uma discordância que vem se arrastando há anos entre a gestão do Google e alguns de seus empregados ativistas.

O jornal americano cita que a empresa já havia demitido um funcionário que interrompeu uma conferência de tecnologia israelense em Nova York e planeja fazer mudanças em um fórum corporativo devido às discussões acaloradas sobre o conflito no Oriente Médio, onde Israel está combatendo os terroristas do Hamas e é acusado pelos ativistas de “genocídio” dos palestinos em Gaza.

Os funcionários que fazem parte do grupo que organizou as ocupações da empresa, chamado de "No Tech For Apartheid" ("Sem Tecnologia para o Apartheid", na tradução livre), classificaram, segundo veiculou o Times, as demissões como “um ato flagrante de retaliação”.

Eles disseram que os funcionários protestaram “pacificamente” na empresa, no entanto, na terça, a polícia precisou ser acionada e cerca de nove funcionários foram presos porque não quiseram sair dos locais ocupados de forma voluntária, inclusive da sala do CEO Kurian.

De acordo com o Times, os funcionários ativistas do Google afirmaram que “continuarão protestando” até que a gigante de tecnologia abandone o contrato com Israel.

Na terça, a porta-voz do Google, Bailey Tomson, afirmou que impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários e o acesso às instalações é uma clara violação das políticas da empresa.

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