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O Google decidiu demitir mais 20 funcionários que participaram de protestos contra Israel ocupando escritórios da empresa na semana passada, informou nesta terça-feira (23) a agência Associated Press (AP).
Os funcionários, que integram um grupo radical dentro da gigante de tecnologia chamado "No Tech For Apartheid" ("Sem Tecnologia para o Apartheid", na tradução livre), promoveram os protestos nos escritórios do Google localizados em Nova York, Califórnia e Washington.
Nos atos, que contaram com a ocupação dos locais, os funcionários revoltados pediam pelo fim do “Projeto Nimbus”, um contrato que o Google tem com o governo israelense no valor de US$ 1,2 bilhão, em parceria com a Amazon.
No total, o Google já demitiu cerca de 50 funcionários por causa dos protestos ocorridos em seus escritórios.
O grupo "NoTech For Apartheid" disse através de um comunicado que o Google está tentando “reprimir a dissidência, silenciar seus trabalhadores e reafirmar seu poder sobre eles”.
“Isso ocorre porque o Google valoriza seu lucro e seu contrato de US$ 1,2 bilhão com o governo e os militares israelenses mais do que as pessoas. E certamente os valoriza mais do que seus próprios trabalhadores", afirmou.
O grupo também disse que continuará protestando "até que o Google cancele o Projeto Nimbus".
Por sua vez, o Google, através de um porta-voz, confirmou nesta terça a demissão dos funcionários. Segundo a empresa, o procedimento ocorreu depois que uma investigação interna revelou que eles estavam “diretamente envolvidos em atividades perturbadoras”.
“Para reiterar, cada um daqueles cujo emprego foi rescindido esteve pessoal e definitivamente envolvido em atividades perturbadoras dentro dos nossos edifícios. Confirmamos e reconfirmamos isso cuidadosamente”, disse o porta-voz, acrescentando que a investigação da empresa sobre as manifestações foi concluída.