O procurador-geral Richard Blumenthal, de Connecticut (EUA), disse ontem que 37 estados norte-americanos vão investigar o Google devido à coleta de dados pelo Street View, e que ele ainda está em busca de informações sobre se o serviço quebrou leis de privacidade ao capturar informações privadas de usuários de internet por meio de suas conexões Wi-Fi.
As informações são do diário econômico norte-americano The Wall Street Journal. Trata-se de um desdobramento da investigação já iniciada por Blumenthal no mês passado.
O caso foi à tona no mês de maio nos Estados Unidos. À época, o Google anunciou que a frota de carros tinha acidentalmente recolhido informações pessoais que um especialista em segurança disse poder incluir mensagens de e-mail e senhas.
O Street View é um serviço de mapeamento de ruas que usa um carro, antenas e câmeras para fotografar os locais por onde o veículo passa. Está disponível em diversos países dentre eles, o Brasil.
Em carta aberta enviada ontem ao Google, Blumenthal pede detalhes específicos acerca da coleta de dados o que inclui informações sobre uma possível venda ou uso dos dados coletados.
Caso não receba a resposta desejada, o procurador-geral vai entrar com um recurso para obtenção dessas respostas. O prazo dado para que o Google responda expira amanhã.
Blumenthal também pediu ao Google que informasse se o programa de coleta de dados foi testado, quanto tempo o software passou coletando dados de sinais específicos além de divulgar nomes dos empregados envolvidos e suas respectivas explicações sobre o caso.
A companhia reiterou que a coleta se tratou de um "erro", mas que não cometeu "nada ilegal". "Vamos continuar a colaborar com as autoridades pertinentes para responder às suas questões e interesses", afirmou o Google, em comunicado.
No mês passado, o Google enfrentou restrições do governo da China, que não permite o acesso aos cidadãos chineses a certas informações.