O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira que os líderes mundiais mostrem vontade política para buscar uma genuína redução e, possivelmente, uma proibição das armas nucleares.
Dirigindo-se ao mesmo fórum no quartel-general da ONU na Europa, o ex-presidente da antiga União Soviética Mikhail Gorbachev ecoou o pedido, declarando que "as armas nucleares devem ser destruídas. Devemos nos livrar dessa ameaça."
"O maior desafio no desarmamento nuclear sempre foi a tarefa de encurtar a distância entre palavras e ações", declarou Ban, falando após uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, no mês passado, que exortou o fim dos arsenais nucleares.
O pedido foi feito em uma resolução proposta pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que presidiu uma sessão especial com os 15 membros do Conselho para reativar as discussões sobre o desarmamento.
A resolução de 24 de setembro conclamou por esforços para obter "um mundo sem armas nucleares", mas seus críticos observaram que ela não exige medidas concretas de Estados detentores de armas nucleares.
Ban disse que Gorbachev, principal orador do encontro e chefe do Kremlin quando os EUA e a ex-União Soviética acordaram tratados de armas fundamentais entre 1985 e 1991, foi um "gigante" ao demonstrar liderança na busca de um mundo livre de armas atômicas.
Gorbachev rejeitou uma sugestão da plateia de que as armas nucleares podem ajudar a manter a segurança. "É uma grande ilusão que as nações nucleares ajudaram a preservar no passado", disse ele. "Sempre houve a ameaça de uma guerra nuclear acidental."
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