A duas semanas das eleições gerais na Grã-Bretanha, os três principais candidatos ao cargo de primeiro-ministro participaram na quinta-feira (22) do segundo dos três debates previstos para antes da votação do dia 6. Pressionados por pesquisas que mostravam o crescimento do liberal Nick Clegg, o líder conservador, David Cameron, e o trabalhista e atual premier, Gordon Brown, tentaram marcar as diferenças entre os três planos de governos. No fim, pesquisas apontaram Cameron e Clegg como os melhores da noite.
O debate teve como tema central a política externa. Ele começou com uma questão sobre o grau de integração da Grã-Bretanha na União Europeia (UE). Eurocético, Cameron explorou o desapontamento da população com o bloco. Ele atacou o euro e defendeu a retomada de poderes delegados a Bruxelas e a realização de referendos antes de grandes decisões sobre a integração. "Transferimos muito poder para Bruxelas. Quero recuperar esse poder", disse.
Pró-europeu, Nick Clegg criticou a ideia de que a Grã-Bretanha deva se afastar da UE. Evocando sua passagem pela burocracia de Bruxelas, o liberal destacou a importância do bloco para a economia mundial e sentenciou: "Quero reformar a UE. Por isso, quero fazer parte dela." Em posição intermediária, Brown reafirmou seu interesse em trabalhar em conjunto com outros líderes do continente em temas como a crise econômica e as mudanças climáticas, mas não fez promessas de aprofundar a integração.
Sondagens
Após o fim do debate, pesquisas realizadas pelos institutos Yougov e Comres, a pedido do jornal "The Sun" e da emissora ITV, divergiam sobre os resultados. Para a primeira, Cameron foi o melhor do debate, com a preferência de 36% dos entrevistados. Clegg, que havia sido considerado o "vencedor" do primeiro debate, teve a preferência de 32% e Brown, de 29%. Segundo a Comres, o liberal foi o melhor para 33% dos entrevistados e o trabalhista e o conservador, para 30%.
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