O governador do estado de Santa Cruz, no leste da Bolívia, o opositor Rubén Costas, foi proclamado neste domingo pelo Movimento Democrata Social (MDS) como candidato à presidência da Bolívia nas eleições previstas para 5 de outubro de 2014.
"Agradeço a este movimento democrata por me permitir ser o candidato dos bolivianos que acreditam e confiam que uma Bolívia melhor é possível", disse Costas no Twitter.
O governador do maior e mais rico estado da Bolívia foi proclamado em Cochabamba, onde o MDS promoveu um congresso de fundação com a participação de vários dirigentes regionais de oposição.
Nascido em Santa Cruz em 6 de outubro de 1955 e agrônomo de profissão, Costas governa a região desde 2006, ao vencer duas eleições consecutivas, e foi uma das cabeças de um movimento autonomista de oposição ao presidente boliviano, Evo Morales.
Também no Twitter, Costas afirmou que demonstrará "que se pode fazer política construindo algo sustentável e inclusivo para todos os bolivianos", e contemporizou que "o tempo do confronto terminou".
Costas é o segundo aspirante da oposição à presidência, depois que o ex-aliado de Morales e ex-prefeito de La Paz Juan del Granado anunciasse sua candidatura.
Morales e o vice-presidente do país, Álvaro García Linera, no cargo desde janeiro de 2006, também foram proclamados pelo Movimento Ao Socialismo (MAS) para buscar um terceiro mandato.
Morales sustentou que seu objetivo é ganhar a eleição de 2014 com um respaldo nas urnas de 74%, 10 pontos acima do obtido em dezembro de 2009 para o segundo mandato.
A intenção do presidente para buscar um terceiro mandato foi avalizada por uma decisão judicial do Tribunal Constitucional (TC), que a oposição e inclusive um dos magistrados criticaram por considerá-la uma decisão ilegal e ilegítima.
A Constituição permite só dois mandatos consecutivos, mas o TC argumentou que o primeiro mandato de Morales, entre janeiro de 2006 e de 2010, não conta porque o país foi refundado constitucionalmente em 2009.