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Mobilização militar em La Paz na quarta-feira (26) foi denunciada pelo presidente Luis Arce como uma tentativa de golpe de Estado
Mobilização militar em La Paz na quarta-feira (26) foi denunciada pelo presidente Luis Arce como uma tentativa de golpe de Estado| Foto: EFE/Luis Gandarillas

O oposicionista Luis Fernando Camacho, ex-governador do departamento de Santa Cruz que está preso desde o final de 2022, pediu que o Parlamento da Bolívia, com ajuda internacional, investigue a mobilização militar ocorrida em La Paz na quarta-feira (26).

Um movimento liderado pelo general Juan José Zúñiga, ex-comandante geral das Forças Armadas, cercou a sede do governo da Bolívia durante algumas horas.

“Como governador eleito de Santa Cruz, exijo duas coisas claras do presidente Luis Arce. A primeira, uma explicação sobre o que aconteceu ontem. Foi um espetáculo midiático organizado pelo próprio governo, como diz o general Zúñiga? Foi apenas uma loucura de alguns militares? Foi simplesmente mais um exemplo de falta de controle? O que aconteceu ontem? Explique e mostre sua cara, presidente”, escreveu Camacho no Facebook nesta quinta-feira (27).

“A segunda coisa que exijo é uma comissão parlamentar que trabalhe com o apoio de observadores internacionais, para investigar o que realmente aconteceu ontem”, acrescentou.

Na quarta-feira, Zúñiga chegou a pedir a “libertação de todos os presos políticos”, entre eles, de Camacho e da ex-presidente interina Jeanine Añez, ambos presos por acusações de golpe de Estado devido à crise política que resultou na renúncia de Evo Morales em 2019, em meio a denúncias de fraude eleitoral.

Horas depois, Zúñiga foi preso e disse que a mobilização militar de quarta-feira na verdade teria sido idealizada por Luis Arce para aumentar sua popularidade.

Preso em 29 de dezembro de 2022, Camacho ainda exerceu o cargo de governador de Santa Cruz de dentro da prisão de Chonchocoro, até ser substituído em janeiro deste ano pelo vice Mario Joaquín Aguilera Cirbián após determinação da Justiça.

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