A governadora de Massachusetts, a democrata Maura T. Healey, declarou estado de emergência nesta terça-feira (8) devido à falta de abrigos para imigrantes por conta do aumento do fluxo de famílias ao estado americano.
A democrata disse em comunicado que a emergência serve de alerta ao governo do presidente Joe Biden e ao próprio estado de Massachusetts sobre a situação “insustentável”, uma vez que se soma à crise de moradias populares enfrentada pelo estado.
Atualmente, existem mais de 5,6 mil famílias de imigrantes - mais de 20 mil pessoas - em abrigos de Massachusetts, incluindo crianças e mulheres grávidas.
Healey enviou nesta terça-feira uma carta ao secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, na qual destacou que as autorizações de trabalho para imigrantes são essenciais para enfrentar esta crise e pediu que o processo de emissão seja acelerado.
Além disso, solicitou que sejam aumentados os recursos destinados pelo governo federal para que os estados possam fornecer abrigo e serviços às famílias de imigrantes.
No mês passado, a prefeitura de Nova York, governada pelo também democrata Eric Adams, anunciou que daria aos imigrantes adultos que estão há muito tempo em abrigos um prazo de 60 dias para encontrarem um alojamento alternativo, a fim de dar lugar às famílias com crianças que têm chegado sem parar desde o ano passado.
“Não há garantia de que seremos capazes de fornecer abrigo e serviços aos recém-chegados”, informou o panfleto distribuído pela prefeitura de Nova York aos imigrantes. “Por favor, considere outra cidade ao tomar sua decisão sobre onde se estabelecer nos EUA.”
Em maio, Adams foi retirado da campanha de reeleição de Biden por ter criticado suas políticas migratórias.
“Não se trata de requerentes de asilo e migrantes, todos nós viemos de algum lugar para buscar o sonho americano”, afirmou Adams. “É a irresponsabilidade do Partido Republicano em Washington por se recusar a fazer uma reforma real da imigração, e é a irresponsabilidade da Casa Branca por não abordar esse problema.”
Na semana passada, ele sugeriu que em breve Nova York também deve decretar emergência em razão da crise migratória.
“Nossa próxima fase desta estratégia, agora que ficamos sem espaço, é que temos que descobrir como vamos focar no inevitável, não há mais espaço [para acolher imigrantes]”, disse Adams. (Com Agência EFE)