Caracas (EFE) – A retirada de embaixadores entre o México e a Venezuela reforçou o apoio ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, entre seus partidários, e renovou as críticas da oposição aos atos e estilo provocador do governante. Porta-vozes pró-governamentais afirmaram ontem que o presidente do México, Vicente Fox, começou o conflito, enquanto os representantes da oposição enfocaram na "forma" dos ataques de Chávez, mais do que nos assuntos.

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A tese oficial da Venezuela é de que a crise não tem origem em um confronto pessoal entre Fox e Chávez, mas nos modelos de integração que ambos representam. A tensão do conflito diplomático entre os dois países aumentou esta semana, com a retirada de seus respectivos embaixadores e a advertência de Fox, que romperá relações com a Venezuela se as agressões verbais continuarem.

Fox é apresentado como o defensor da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), de caráter neoliberal e promovida pelos Estados Unidos, e Chávez vende a imagem de promotor da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), baseada na complementaridade e na solidariedade, e não na concorrência. William Lara, diretor do Movimento V República (MVR) – o partido de Chávez –, disse que durante a Cúpula das Américas, realizada no início do mês em Mar del Plata, na Argentina, Fox radicalizou o problema, exigindo desculpas, porque fracassou em sua tentativa de impor a Alca à América Latina em nome dos EUA.

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