• Carregando...
O candidato  do MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola), Joao Lourenço, durante votação em Luanda | AMPE ROGERIO/AFP
O candidato do MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola), Joao Lourenço, durante votação em Luanda| Foto: AMPE ROGERIO/AFP

O partido governista MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) venceu a eleição presidencial de Angola com 61,10% dos votos, segundo dados provisórios divulgados pela comissão eleitoral nesta sexta-feira (25). O candidato da sigla e atual ministro da Defesa, João Lourenço, 63, vai suceder José Eduardo dos Santos, 74, que está no poder há 38 anos.  

Até agora foram apurados 97,82% dos votos. O partido opositor Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola) tem 26,71%.  

O MPLA governa a Angola desde que o país conseguiu a independência de Portugal, em 1975 e já tinha previsto que ganharia a eleição com folga. O resultado, entretanto, mostra uma retração do apoio em relação a disputa de 2012.  

Lourenço se comprometeu a ampliar os investimentos estrangeiros na Angola e disse que quer ser reconhecido como um líder que levou o "milagre econômico" ao país africano.  

Após o anúncio da vitória de Lourenço, a oposição questionou imediatamente os resultados. A eleição foi feita de forma indireta e os eleitores votaram nos partidos que vão compor a nova assembleia nacional.  

"Temos resultados diferentes dos anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional", afirmou Estevao Jose Kachiungu, membro da Unita. "É impossível que na Angola atual o MPLA ganhe em todas as províncias com tamanha vantagem".  

O porta-voz do MPLA, João Martins, negou fraude e qualificou os opositores de "arrogantes".  

Pobreza  

Os partidos de oposição esperavam maior apoio por causa da revolta do eleitorado em temas como a inflação, que chegou a 40% em 2016, as baixas taxas de crescimento e o alto desemprego.  

Apesar de ser rica em petróleo e diamantes, a Angola é um dos países mais pobres da África.  

A Anistia Internacional pediu para o próximo presidente de Angola "guiar o país para fora do espiral de opressão" e criticou o "registro terrível de direitos humanos" do atual presidente, José Eduardo dos Santos.  

Críticos acusam o mandatário de suprimir qualquer dissidência e enriquecer a sua família e a elite governante.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]