O governo de Cuba parece fazer grandes esforços para conquistar o respaldo de Santiago e do leste do país. Muitos moradores descontentes com o estado das coisas dizem que as autoridades provinciais têm trabalhado para melhorar as condições de vida, em resposta ao mal-estar dominante.
Lázaro Expósito, primeiro-secretário do Partido Comunista na província de Santiago, tem convidado a população a expressar suas queixas em reuniões públicas e critica diante das câmeras de televisão os funcionários públicos que não cumprem sua missão.
A devastação causada pelo furacão Sandy é quase imperceptível para o visitante, graças a um programa de reconstrução. Os moradores dizem também que o governo eliminou obstáculos para abrir negócios privados, facilitando a emissão de milhares de permissões para atividades, que vão desde o uso de motocicletas como táxis até oficinas para conserto de ar-condicionado.
Até fevereiro, havia 34 mil licenças para atividades privadas em Santiago, segundo números do governo, o que representa uma média por habitante ligeiramente superior à de Havana, onde foram emitidas 120 mil licenças.
Graças ao dinheiro recebido de um filho optometrista enviado pelo governo para trabalhar na Venezuela, a família de Josefina Arocha pôde investir US$ 1 mil em um negócio de venda de sorvetes na porta de casa, e algumas centenas a mais em um mototáxi que gera US$ 50 por semana. “Vamos ver o que acontece”, diz ela. “Temos de ser otimistas.”
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