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Fronteira com o México

Governo americano abre investigação sobre possíveis excessos na remoção de haitianos

Migrante haitiano chega a Porto Príncipe após ser deportado dos Estados Unidos (Foto: EFE/Richard Pierrin)

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O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, disse nesta segunda-feira (20) que será aberta uma investigação para apurar se houve excessos na remoção de migrantes, a maioria haitianos, que estão acampados na região de uma ponte que liga o México ao estado americano do Texas.

Imagens registradas no domingo (19) mostram agentes da Patrulha de Fronteira montados a cavalo tentando agarrar migrantes na área do Rio Grande e usar os animais para empurrá-los de volta para o México, em alguns momentos gritando palavrões. Questionado por jornalistas na cidade texana de Del Rio se as imagens indicavam um tratamento “desumano”, Mayorkas disse que o repórter que fez a pergunta estava “presumindo fatos que ainda não foram determinados”.

“Vamos investigar os fatos para garantir que a situação seja como a entendemos e, se for diferente, responderemos de acordo”, afirmou o secretário, segundo o Washington Post. As imagens geraram críticas de parlamentares democratas, partido do presidente Joe Biden.

Outra polêmica surgiu do fato de que algumas imagens mostravam os agentes utilizando objetos que pareciam ser chicotes, o que motivou comentários até da porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. “Eu vi algumas das imagens. Não sei o contexto completo. Não consigo imaginar qual contexto tornaria isso (uso de chicotes) apropriado”, afirmou. “Não acho que qualquer pessoa vendo essas imagens pensaria que era algo aceitável ou apropriado.”

Entretanto, a Patrulha de Fronteira alegou que não se tratava de chicotes, mas sim das rédeas dos cavalos, e que nenhum migrante foi agredido.

Os Estados Unidos e o México iniciaram no domingo uma deportação em massa dos migrantes que estão acampados embaixo e nos arredores da ponte. Estima-se que cerca de 12 mil pessoas estão no local, mas ainda não se sabe quantas serão deportadas.

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