Governo americano enviará encarregado de negócios à Venezuela

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O governo dos Estados Unidos decidiu enviar um encarregado de negócios a sua embaixada em Caracas, em um gesto de aproximação com a Venezuela, país com o qual mantém uma tensa relação desde a retirada mútua de embaixadores em 2010, informou neste sábado (5) à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado.

"Lee McClenny será o novo encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Caracas", confirmou o porta-voz, que, por outro lado, não soube especificar a data em que McClenny deverá chegar a Caracas.

No final de maio, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o embaixador designado nos EUA, Maximilien Sánchez Arveláiz, que está à espera de uma resolução, seguiria para Washington como encarregado de negócios, também sem especificar a data.

Sánchez Arveláiz, ex-embaixador do país no Brasil, foi sugerido para assumir a diplomacia em Washington em fevereiro pouco depois do início dos protestos sociais contra o governo de Maduro e no meio de outro episódio de expulsão de diplomatas americanos, acusados de instigar esses protestos.

Ambos os países estão sem embaixadores desde 2010, quando o governo do então presidente Hugo Chávez rejeitou a designação de Larry Palmer como chefe da missão diplomática americana em Caracas por conta de umas declarações feitas sobre a Venezuela no Senado.

Em resposta, os EUA decidiram revogar o visto de Bernardo Álvarez como embaixador venezuelano. Desde então, os cruzamentos de acusações foram constantes, e o governo de Maduro expulsou oito funcionários americanos sob acusações de ingerência e de contribuir para desestabilizar o país.

Na ocasião, os EUA também responderam com a expulsão de diplomatas venezuelanos.

Nesta semana, em mensagem de felicitação enviada à Venezuela por sua independência, celebrada no dia 5 de julho, o secretário de Estado americano, John Kerry, assinalou que "as dificuldades e desacordos em nossa relação oficial durante os últimos anos não mudam o compromisso dos EUA com os venezuelanos".