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O governo americano entrou em jogo para pressionar por um cessar-fogo entre Israel e Hamas. Desta vez, o secretário de Estado americano Antony Blinken desembarcou em Israel neste domingo (18) para se reunir com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A retomada das negociações está marcada para a próxima semana na cidade do Cairo, no Egito.
Segundo o Departamento de Estado, a viagem de Blinken consiste em concluir o acordo de cessar-fogo, bem como a libertação de reféns e detidos. Além dos Estados Unidos, Catar e Egito são principais mediadores do conflito. Os três países citaram o progresso nas conversações.
"O sentimento, particularmente entre aqueles que fizeram parte da mediação em Doha, é que os vários pontos de atrito que existiam antes podem ser superados e que os esforços continuarão", afirmou um funcionário da comitiva americana.
Israel não garante cessar-fogo
Do lado israelense, Netanyahu não se mostra muito otimista com o avanço das negociações. O primeiro-ministro de Israel disse que as conversas são complexas e pediu que a pressão por um cessar-fogo seja direcionada ao grupo terrorista Hamas.
"Há algumas coisas em que podemos ser flexíveis e outras não. É por isso que, além de nossos esforços consideráveis para recuperar nossos reféns, permanecemos firmes nos princípios essenciais para a segurança de Israel. Estamos negociando e não cedendo", destacou.
O premiê também está sendo criticado por, supostamente, protelar um cessar-fogo ao impor novas condições à proposta. Ele, no entanto, afirma que o Hamas não participou das recentes negociações e rejeitou os novos pontos do acordo.
Hamas chama plano de "ilusão"
O grupo terrorista Hamas ressaltou que a possibilidade de um cessar-fogo é uma "ilusão" do governo americano. SamirAbu Zohri, membro do escritório político do Hamas, enfatizou que "não estamos lidando com um acordo ou negociações reais, mas com a imposição de ditames americanos".
A guerra em Gaza estourou em 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel e mataram quase 1,2 mil pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251, de acordo com uma contagem baseada em dados oficiais israelenses.